Comemorando 31 anos de Kid Chameleon, o jogo mais anos 90 de todos os tempos

Para compreender o auge do que era considerado legal nos anos 90, basta dar uma olhada na arte da capa de Kid Chameleon. O protagonista deste jogo de plataforma da Sega veste uma jaqueta de couro, jeans lavados, uma camiseta branca impecável e tênis Reebok Pump de cano alto. Ele anda de skate, tem cabelo penteado para trás, usa óculos escuros e é acompanhado por um samurai, um cavaleiro e outros personagens que os adolescentes da época consideravam, no linguajar daquele tempo, totalmente incríveis, cara. É a década de 90 condensada em uma única imagem.

Kid Chameleon foi desenvolvido pelo Sega Technical Institute, uma divisão americana de desenvolvimento da Sega sediada na Califórnia. O estúdio foi fundado por Mark Cerny, mais conhecido hoje por seu trabalho com a Sony projetando hardware do PlayStation e consultando jogos de primeira linha. Cerny trabalhou como programador em Kid Chameleon ao lado do diretor Graeme Bayless (hoje produtor na desenvolvedora de Mortal Kombat, NetherRealm) e Yasushi Yamaguchi, um artista famoso por desenhar o adorado personagem de Sonic, Miles “Tails” Prower. A história também é extremamente anos 90. Um jogo de fliperama chamado Wild Side chega à cidade, e qualquer criança que o joga misteriosamente desaparece. Casey, o verdadeiro nome de Kid Chameleon, mergulha no jogo para investigar e encontra o vilão Heady Metal. Esta inteligência artificial rebelde sequestra qualquer um que não seja capaz de vencer o jogo, forçando Casey a superar o desafio, derrotar Heady Metal e libertar seus amigos aprisionados. Essa foi uma época em que ser o único garoto no fliperama capaz de vencer um jogo difícil era um objetivo a ser alcançado.

Quando Kid Chameleon foi lançado em 1992, os jogos de plataforma side-scrolling estavam em alta nos consoles de 16 bits. Super Mario World havia conquistado o mundo no SNES alguns anos antes, inspirando inúmeros desenvolvedores a tentar a sorte no gênero. Muitos deles eram ruins, mas alguns conseguiram se destacar na multidão. Kid Chameleon foi um deles, principalmente graças ao seu interessante sistema de transformação. Como o apelido de Casey sugere, ele é capaz de se transformar em diferentes personagens, cada um com seus próprios poderes únicos. Iron Knight, um guerreiro blindado, pode quebrar paredes e suportar mais danos. Maniaxe, um assassino mascarado de hóquei claramente inspirado em Jason Vorhees de Sexta-Feira 13, pode lançar machados. Red Stealth, um samurai, pode usar sua katana para atacar de cima para baixo. Micromax, uma mosca, pode se agarrar às paredes e passar por espaços apertados. Juggernaut, um tanque decorado com uma assustadora caveira cromada, pode atirar bombas nos inimigos. Você muda para essas formas pegando máscaras espalhadas pelos níveis. Uma mecânica simples, mas muito legal.

Muitos jogos de plataforma dos anos 90 eram bastante limitados. Você experimentava tudo o que tinham a oferecer no primeiro estágio, e a partir daí os níveis ficavam cada vez mais difíceis. Kid Chameleon é único porque você está constantemente mudando de forma, e o design dos níveis reflete isso. O jogo é repleto de atalhos, caminhos ocultos e segredos, alguns dos quais só podem ser acessados usando uma máscara específica em um determinado momento. Em comparação com a maioria dos jogos de plataforma de 16 bits da época, onde tudo o que você fazia era correr, pular e derrotar inimigos, isso foi uma revelação.

É uma pena que Kid Chameleon não seja tão lembrado quanto clássicos do gênero como Super Mario World, Earthworm Jim ou Donkey Kong Country. O jogo tinha reputação de ser difícil na época, o que é algo notável em uma era em que a maioria dos jogos eram, pelo menos pelos padrões modernos, duros como unhas revestidas de diamante. Mas não deixe isso te desanimar. Se você quer experimentar um exemplo sólido do gênero com mais imaginação e criatividade do que a maioria – e testemunhar a verdadeira essência dos anos 90 – vale a pena resgatar essa relíquia.

Além do gameplay interessante, Kid Chameleon também apresentava gráficos e músicas que marcaram época. O visual colorido e os personagens memoráveis ajudaram a dar vida ao jogo, enquanto a trilha sonora, composta por uma mistura de rock, eletrônica e hip-hop, contribuiu para a atmosfera única do jogo.

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Nesse aniversário de 30 anos, aproveite para mergulhar novamente no universo de Kid Chameleon, seja jogando o clássico em um console retrô, emuladores ou até mesmo em versões remasterizadas disponíveis em plataformas atuais. E não se esqueça de conferir a coleção especial da “Coleco” para celebrar esse marco da história dos videogames.

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